‘Viver Sertanejo’ amplia comunicação da emissora com o público ligado à cultura do agro
O sotaque caipira gerou o mais novo êxito de audiência da Globo. No ar desde dezembro, o ‘Viver Sertanejo’, apresentado por Daniel nas manhãs de domingo, surpreendeu a direção do canal.
A média das 10 edições já exibidas é de 9,6 pontos. Dois episódios marcaram 11 pontos. Idealizado como temporada, o programa permanecerá fixo na programação.
No último domingo (16), a atração registrou 9,7 de média, ficando no Top 5 de maiores índices, à frente de produções antigas como ‘Globo Rural’ e ‘Esporte Espetacular’.
Para gravá-lo, a Globo monta verdadeira operação de guerra. Desloca cerca de 80 profissionais da cidade de São Paulo para a fazenda do cantor, em Brotas, a cerca de 300 km da capital.
Algumas pessoas do município são contratadas para ajudar na produção e há ainda o apoio de funcionários da propriedade. Tamanho esforço se reflete na qualidade da imagem, do áudio e dos cenários.
O ‘Viver Sertanejo’ reforça a interação da emissora carioca com o público rural, como faziam os extintos ‘Som Brasil’ (1981 a 1989), com Rolando Boldrin e, depois, Lima Duarte, e ‘Bem Sertanejo’ (2014 a 2019), quadro apresentado por Michel Teló no ‘Fantástico’.
Após dar grande destaque ao funk nos últimos anos, sem resultado relevante no Ibope, a Globo parece ter percebido que parte numerosa de seus telespectadores é formada por conservadores que prezam a música raiz. Na aferição de audiência, agro se mostra pop.
