Ana Paula Almeida, mais conhecida como Pituxita Bonequinha, é uma das ex-paquitas de Xuxa, de 61 anos, que pode ser vista no documentário original Globoplay Pra Sempre Paquitas. Na produção, a palestrante, apresentadora e atriz, de 47 anos, conta que para viver o sonho de ser assistente de palco do Xou da Xuxa era preciso atender a vários requisitos, entre eles ter o “corpo padrão”. Em entrevista para a Quem, a carioca conta que sofre com a pressão estética para ser magra antes mesmo de conhecer Marlene Mattos, diretora de Xuxa, que, segundo as ex-paquitas, as pressionavam para estar sempre magras.
“Desde bebê, sofro com a pressão estética. Nasci com 5 quilos. E isso só faz você se sentir cada vez com menos autoestima, querendo se esconder, usando roupa larga. Por mais que se queira emagrecer, muita gente não consegue com a pressão porque fica muito mais ansiosa, mais irritada, fica com uma cobrança muito forte e isso dificulta ter a tranquilidade do sono, por exemplo, que é fundamental para emagrecer, saber escolher os alimentos… Você acaba comendo por compulsão, por pressão e piora, é um efeito rebote”, avalia a ex-paquita em conversa com a Quem.
Por conta das inúmeras pressões estéticas que sofreu ao longo da vida, Ana Paula afirma que já fez dietas perigosas. “A dieta mais louca que já fiz foi tomar só água de coco por dez dias. Era um trabalho, não lembro exatamente se era uma viagem internacional, mas lembro que tinha que emagrecer um pouco e na época eram cinco quilos e não estava conseguindo. E a gente dançava todo dia, malhava, eu tinha rotina boa de atividade física, me alimentava bem. Sempre fui aquela pessoa que engorda por comer em excesso algumas coisas: pão, chocolate. Na minha cabeça, a água de coco era potássio, e não ia passar mal. Na época, perdi 10 quilos”, lembra ela, acrescentando que o maior peso atingido na vida foi 100 kg e o menor 58 kg. “Casei com 63 quilos, há 19 anos”, recorda.
Ana Paula revela que já teve transtorno da compulsão alimentar, que é caracterizado por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de alimentos com a sensação de perda de controle. “Nunca tive bulimia e anorexia, mas tive compulsão. Compenso as minhas emoções, seja tristeza ou alegria, na comida. E como bem e em excesso. Não tenho o hábito de comer salgadinho, fast food, de comer só porcaria. Mas tenho o hábito de comer coisas como chocolate, vários tipos de pães italianos com recheio… E isso engorda”, avalia.
Rotina detox
Para tratar o problema, Ana Paula tem ajuda psicológica e nutricional. “Há cinco anos me trato para compulsão alimentar e ansiedade. Graças a Deus, não preciso tomar remédio, mas sou impulsiva e faço muitas coisas ao mesmo tempo. Quando me vi no documentário, me senti muito grande e fiz o detox com a Vanessa Rangeli. De lá para cá, já perdi 11 quilos. Além de ser saudável, ele desinflama o corpo e faz bem ao organismo. Logo nos primeiros 15 dias já foram embora 6 quilos e comecei a ficar empolgada”, diz.
Desde que estreou o documentário, no dia 16 de setembro, Ana Paula afirma que a repercussão tem sido maravilhosa. “Foi um privilégio ter sido uma paquita diante de milhares de meninas que queriam ter sido e deixar minha história eternizada para as próximas gerações. A mensagem do documentário é muito importante: disciplina, amor, correr atrás dos sonhos, ter limite com os abusos. Todo mundo achava que ser paquita era um mar de rosas. Tinha muita alegria, sim, mas também tinham os lados que o documentário mostra. Tenho escutado muita coisa boa, todo mundo se emocionando, e com muito carinho. Meu filho se emocionou também”, afirma.
[ALERTA: Seja por motivos de saúde, estéticos ou devido à prática de esportes, uma dieta nunca deve ser feita sem o acompanhamento de um médico e/ou de um nutricionista. Cada organismo funciona de um modo distinto e cada dieta precisa de acompanhamentos diferentes. Procure sempre um especialista.]